quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O latino I

Aconteceu quando estava de férias em Espanha. Ia sair muitas noites a bares de danças latinas e sentia sempre a sensualidade, a sexualidade inerente a esses sítios. Dançava com quem me convidava e entrava naquela onda de calor que essas danças proporcionam. Dois corpos próximos a mexerem-se ritmicamente em conjunto ao som de uma música que falava sempre de amor, de paixão e de sexo. Não há como fugir ao ambiente. Todas as noites via vários homens que me atraíam, dançava com alguns, mas nenhum me despertou o desejo como aquele, um dominicano.
Numa das noites fui sair a uma discoteca de danças latinas com umas amigas e foi quando fomos pedir uma rodada de tequillas que reparei nele - o barman. Um preto mesmo giro, de cabelo rapado, com uns lábios grossos e uns olhos brilhantes. Tinha os ombros largos e notava-se o tronco desenvolvido. Pedi as tequillas e fiquei sedenta a olhar para ele (duvido que não tenha reparado). Ainda trocámos umas palavras, mas entretanto ele teve de atender outras pessoas e eu fui dançar mais um bocado. Quando voltei para pedir outra bebida fui atendida pelo outro barman. Ele reparou em mim, falou com o outro e voltou ele com a minha bebida. Falámos durante um pedaço e eu perguntei-lhe se ele não saía do bar para dançar. Ele disse-me que esperasse um bocadinho que já fazia uma pausa. Voltei para junto das minhas amigas e passado um bocado tinha-o a pedir-me para dançar.
Era uma bachata, uma dança em que os corpos estão mesmo muito próximos, se complementam. Ele certificava-se de que eu estivesse mesmo junto a ele. A mão dele foi descendo pelas minhas costas, ficando quase pousada no meu cu. Íamos falando, conhecendo-nos, enquanto dançávamos. Mas as sensações estavam à flor da pele e era aí que estava a minha cabeça. Sentia o coração dele a bater, ouvia a respiração dele. Havia um calor tremendo a emanar dos nossos corpos e sentia-se o desejo no ar. Eu sentia cada pedaço do corpo dele que tocava no meu: a face dele encostada à minha, o peito dele encostado ao meu, a mão dele na minha, a outra mão no fundinho das minhas costas sempre a puxar-me para ele e, acima de tudo, a perna dele entre as minhas que cada vez que roçava em mim fazia crescer o calor e a intensidade do desejo. Eu estava com um vestido justo um bocado curto, então sentia-o mesmo bem...no final da música já estava cheia de tesão. Passou outra de bachata e continuámos a dançar. Já não falávamos, só ouvia as nossas respirações. Foi no final de me dar uma volta que, ao me puxar, desceu a mão para o meu cu. Isso fez com que olhasse para ele, e mal o fiz, beijou-me. Assim que provei o beijo dele, não quis parar. Eram beijos quentes, intensos, mas suaves. Perdia-me nos lábios dele. Beijávamo-nos enquanto continuávamos a dançar. Ele seguia os movimentos do meu cu com a mão e fazia questão de encostar bem a perna que estava entre as minhas a mim e de manter os nossos corpos bem juntinhos. Sentia-o todo perfeitamente, incluindo um relevo nas calças dele encostado à minha perna que despertava a minha imaginação. Enquanto nos beijávamos e o meu corpo sentia o dele, já só pensava em sair dali e senti-lo completamente...estava cheia de vontade dele! A certa altura abrandou a intensidade e disse que tinha de ir para o bar, mas que daí a 15 minutos já voltava para ficar mais tempo comigo.
Fiquei um bocado à toa, louca de desejo, ansiosa pelo corpo dele no meu...não sabia o que fazer comigo. Fui para junto das minhas amigas, que comentaram logo o sucedido e me ofereceram uma bebida para acalmar o fogo. Sentia o corpo a ferver por dentro e nem conseguia respirar direito...Só queria voltar a senti-lo. Fiquei sentada numa mesa com elas e ia olhando para ele já a fazer o filme todo na minha cabeça. Não sabia como, mas ia tê-lo. A bebida acabou num instante. Passado um bocado ele passou pela mesa e só disse "Ven conmigo" antes de seguir para a entrada da discoteca. Eu levantei-me e fui ter com ele. Estava encostado a uma parede a acender um cigarro. Aproximei-me. Ele puxou-me pela cintura até ele e deu-me um beijo de tirar a respiração. Senti o fogo dentro de mim. "Te quiero, mami" Sorri. "También te quiero". Continuava com o braço à minha volta, já com a mão mais no cu, que ia acariciando, do que propriamente na cintura, e mantinha-me assim ao lado dele enquanto fumava. Comecei a beijar-lhe o pescoço levemente, a mordiscar-lhe a orelha, a passar as mãos pelo peito dele...desci pela barriga, passei por cima das calças dele levemente, senti-o, mas voltei para o peito...Ele puxou-me para ele e beijou-me intensamente outra vez enquanto me apalpava o cu; ainda desceu a mão para a perna e ameaçou subi-la por dentro do vestido..."Venga, venga...no puedes hacer eso aquí." - "Yo lo sé, solo estoy probando..." Deu-me um beijo suave como que a testar. Sorri. "Vienes conmigo allá?" - "Dónde?" - "Hay un almacén aquí al lado, yo tengo la llave." Hesitei. Deu uma última passa calmamente e puxou-me para a frente dele. Olhou para mim e sorriu. Sorri de volta. Voltou a beijar-me fogosamente, com as mãos pousadas no meu cu. Tinha receio de sair com ele, mas o desejo estava a pôr-me louca e a adrenalina do risco estava a excitar-me. Olhava para ele e mordia o lábio, indecisa. "Tú lo quieres." - "Sí, sí que lo quiero..." - "Entonces ven." - "Vale, vamos." Sentia o meu coração a bater a mil. Pegou na minha mão e saiu da discoteca comigo. Ainda estava um bocado relutante quanto a ir com ele, mas entrámos logo numa portinha mesmo ao lado, era mesmo o armazém da discoteca.

(...)

6 comentários:

  1. Aguardo loucamente pela continuação da tua aventura ....muito quente......e deliciosa.....

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    1. Esta aventura foi mesmo quente...e já podes ler a continuação ;)

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  2. Nada como uma mulher quente e que não tem medo da sua libido :D

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    1. Não há porque fugir daquilo que somos!
      Ainda bem que gostas ;) *

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    2. Eu penso como tu mas...ainda há muita gente complexada e preocupada com o que a sociedade pensa delas.
      Vou ler a segunda parte ;)

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